CRAS promove palestra sobre combate ao abuso e à exploração sexual a crianças e adolescentes
Na manhã da última quinta-feira (18), dentro da programação alusiva ao ‘Maio Laranja’, mês de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, ocorreu no Salão Evangélico de Ernestina, a palestra com o promotor de Justiça João Paulo Bittencourt Cardozo, responsável pelo Juizado da Criança e Juventude de Passo Fundo, o qual discorreu sobre o seguinte tema: “Todos contra o Abuso e Exploração Sexual a Crianças e Adolescentes”.
A abertura do evento contou com a presença, do Prefeito Municipal de Ernestina, Renato Becker, primeira-dama Elena Maria Goedel Becker, coordenadora do CRAS, Mônica Aguirre, secretário de Saúde e Assistência Social, Geferson Goedel, secretária da Educação, Sueli Penz, Sargento Sandra Turello, Policial Civil Rômulo, diretoras da Rede Municipal e Estadual de Ensino de Ernestina, professores (as), Conselho Tutelar, Rede de Apoio a Escola (RAE), e comunidade em geral. No início da sua palestra, o promotor de Justiça, João Paulo Bittencourt Cardozo, lembrou que a promotoria da qual ele é titular, atua na esfera protetiva dos menores, na articulação da rede, visando minimizar os efeitos desses atos praticados. Os atos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes trazem conotações em mais de uma esfera, como por exemplo, Polícia Civil, Promotoria de Justiça e Tribunal de Justiça.
Também, explicou que normalmente o Ministério Público entra em ação quando há uma necessidade de afastamento do menor de idade do núcleo familiar ou do agressor, visando a proteção. De acordo com Cardozo não há dados definitivos que comprovem que os casos aumentaram durante a pandemia, mas existe uma impressão que sim. O promotor explicou que as crianças e os adolescentes ficaram mais tempo em casa, confinadas. Quando há a presença de um agressor neste ambiente, os abusos são mais frequentes e a identificação do problema mais difícil, pois a criança não teve muito contato com outras pessoas ou com a escola.
De a cordo com o promotor Cardozo, o mesmo reforçou que: “Os olhos da rede de proteção são as escolas e com os espaços fechados ao longo da pandemia, foi mais difícil identificar os crimes. Na escola os professores conseguem observar mudanças de comportamento, marcas, sinais da violência sexual e acionar as autoridades para verificar possíveis situações. As denúncias devem ser feitas sempre para o conselho tutelar, que repassa para os demais órgãos. O promotor lembra que a responsabilidade de evitar e denunciar casos de abusos e exploração infantil é de todos,” afirmou o promotor.
Na oportunidade, a coordenadora do CRAS, Mônica Aguirre, agradeceu pela excelente palestra proferida pelo promotor de Justiça, João Paulo Bittencourt Cardozo, bem como, pela presença de todos que estiveram presentes e, puderam ouvir e realizar questionamentos ao promotor em torno de um tema de extrema importância e oportuno para todos nós. Também é importante ressaltar que, essa palestra é uma das diversas ações que o Cras de Ernestina está realizando em alusão (Maio Laranja), mês de combate à Exploração Sexual a Crianças e Adolescentes. Um agradecimento especial para a equipe técnica e funcionárias do Cras de Ernestina, pela dedicação e esmero na organização deste importante evento, o meu reconhecimento e minha gratidão.