Atletas se reúnem e convertem cartões no Futsal em alimentos para doação
Não é novidade que praticar esportes faz bem às pessoas. Mas em Ernestina, município com pouco mais de 3 mil habitantes, os benefícios do esporte para a comunidade têm ido além do benefício físico: para os ernestinenses, esporte também é inclusão e solidariedade.
No sábado, dia 26 de outubro, foram conhecidos os campeões do Campeonato Municipal de Futsal de Ernestina. Mas quem saiu ganhando após as finais também foram ernestinenses em situação de vulnerabilidade. A Administração Municipal, idealizadora da competição, propôs às equipes participantes que as penalizações com cartões amarelos e vermelhos gerassem a “cobrança” de alimentos para posterior doação a famílias indicadas pelo Centro de Referência em Assistência Social (Cras) que monitora a situação das famílias.
No acordo com as equipes, foi definido que cada cartão amarelo geraria a multa de 2kg de alimentos e cada vermelho, 5kg. Ao longo de quase três meses, 22 equipes disputaram semanalmente partidas válidas pelas categorias Feminino Livre, Masculino Livre e Masculino Veteranos, totalizando mais de 330 atletas oriundos de Ernestina e de municípios da região.
Após a final do campeonato e do recolhimento dos alimentos provenientes dos cartões aplicados nas finais, as arrecadações totalizaram 256kg de alimentos. Coordenador do campeonato, o chefe de Gabinete da Prefeitura, Sandro Joel Pfluck, revela que a proposta foi muito bem aceita pelos atletas. “A sugestão não foi vista como mais uma penalidade, mas sim como mais uma oportunidade de solidariedade, de sensibilizarmos a sociedade e de chamarmos a atenção para a importância da empatia e da união”, comenta Pfluck. Mais de 5 mil pessoas acompanharam as rodadas do certame.
Os 256kg de alimentos arrecadados foram distribuídos em cestas organizadas pela equipe do Cras e entregues a 20 famílias ernestinenses em situação de vulnerabilidade. A entrega foi efetuada por uma comitiva formada por Pfluck; o vice-prefeito de Ernestina, Arno da Silva; a coordenadora do Cras, Adriana Voigt; a assistente social Mônica Aguirre; e a psicóloga Daniela Milani. Segundo Arno, “investir em esporte é promover cidadania e trabalhar pela inclusão, parabéns aos atletas que acolheram tão bem a sugestão”.