ERNESTINA – RESGASTE HISTÓRICO
No ano de 1900, o governo do Estado tomou a iniciativa de fazer projetos de colonização por diversas regiões da Província. Entre eles está o projeto realizado pelo Tenente Coronel Ernesto Carneiro da Fontoura, militar reformado do exército, nascido em Cruz Alta, no ano de 1838 e residente em Porto Alegre. Obteve do governo do Estado uma área de 4.752 hectares, que foi dividida em lotes de 48 hectares e vendidas para cem famílias, em sua maioria provenientes da região do Taquari. Esta área recebida para fins de colonização corresponde, em grande parte, ao atual município de Ernestina. Para esta colonização, o Sr. Ernesto Carneiro da Fontoura, deu-lhe o nome de “Colônia Dona Ernestina”, em homenagem à sua filha mais velha Ernestina Carneiro da Fontoura, residente em Porto Alegre e que já lhe dera cinco netos. Após a emancipação do município de Passo Fundo, na data de 11 de abril de 1988 foi denominada somente como Ernestina.
Ernestina tem a sua constituição étnica formada por: alemães 70% – portugueses 15% e italianos, mulatos e poloneses, que representam 15%. Há alguns anos Ernestina já vinha tentando sua emancipação. No decorrer da luta, alguns problemas surgiram. Entre eles, a divisa com o município-mãe, que foi negociado e a população, juntamente com a Comissão Emancipacionista e o prefeito de Passo Fundo, chegaram a um acordo.
Com a emancipação de Tio Hugo, em 17.04.1996, Ernestina cedeu vasta área para o novo município, permanecendo com 260 km quadrados. Em sua terra fértil e clima favorável são produzidos muitos produtos, sobressaindo-se as culturas de soja, milho, aveia e trigo. O alagado de Ernestina, que fornece água para a usina elétrica do mesmo nome, atraiu moradores da região, construindo suas casas em chácaras e condomínios, especialmente para o lazer.