Exposição celebra memória e identidade de Ernestina no Museu Dona Ernestina
Em comemoração aos 25 anos do Museu Dona Ernestina e aos 37 anos de emancipação político-administrativa do município, a exposição “Ernestina nas Lentes do Tempo” recebeu cerca de 150 visitantes entre os dias 7 e 30 de abril. A mostra histórica reuniu fotografias, objetos e relatos que resgatam a trajetória do povo ernestinense, fortalecendo os laços com a identidade local.
Com curadoria do historiador Alexandre Aguirre, a exposição destacou momentos marcantes da história do município. Um dos principais destaques foram os registros da Casa Comercial Goedel, inaugurada em 1939, considerada o primeiro estabelecimento comercial da então Vila Ernestina. Conhecida popularmente como “armazém”, “bodega” ou “secos & molhados”, a loja comercializava produtos a granel como banha, açúcar, erva-mate, fumo de rolo, querosene, tecidos e utensílios domésticos, todos com forte presença da produção artesanal.
“É importante lembrar que, à época, não existiam embalagens nem marcas. Os produtos eram acondicionados em saquinhos de papel, latas, caixas ou vidros quando chegavam às casas”, explicou o historiador Alexandre Aguirre.
Hoje, a Casa Comercial Goedel segue em funcionamento, oferecendo chapéus, calçados, confecções, armarinhos e produtos variados para o lar e a alimentação.
A exposição também homenageou a Escola Estadual Luiz Meira, fundada em 1962 na Barragem de Ernestina, que substituiu a antiga ‘Brizoleta’ e encerrou suas atividades em 1998. Outro grande interesse entre os visitantes foi o registro fotográfico da nevasca de 20 de agosto de 1965, fenômeno climático raro que marcou a memória da região.
O Museu Dona Ernestina é uma importante instituição de memória local e convida a comunidade a continuar visitando seu acervo permanente, que preserva histórias de famílias, instituições e eventos que moldaram o município de Ernestina ao longo das décadas.
*Com informações do Museu Dona Ernestina.