Prefeitura realiza limpeza e manutenção do Cemitério do Imigrante – Família Grolli, na localidade de Posse Barão
Na tarde desta última terça-feira (25), a Prefeitura Municipal de Ernestina, através da equipe de funcionários da Secretária Municipal de Serviços Urbanos, acompanhados do professor e historiador Alexandre Aguirre, realizaram a limpeza e manutenção do local, onde encontra-se o Cemitério do Imigrante – Família Grolli, aliás o cemitério mais antigo do município-, situado na localidade de Posse Barão, há 10 km, do município de Ernestina. Queremos de forma muito especial agradecer ao secretário dos Serviços Urbanos, Everton Goedel, por ter disponibilizados a equipe de funcionários da secretaria: Evandro dos Santos, Nelson e Ivan Wasen (Polaco), pois realizaram um belíssimo trabalho de limpeza e manutenção do local.
Cabe destacar, que esse Campo Santo (“Perdido”), fora encontrado no mês de setembro de 2020, graças às informações prestadas pelos ernestineses Sadi Pedrotti e Paulo Althaus, que levaram até o local, o professor e historiador Alexandre Aguirre.
A partir disso, teve início um trabalho de pesquisa, que só foi possível, através das informações extraídas das próprias lápides, que permitiu que fossem identificados os nomes e a origens das famílias sepultadas nesse cemitério. Após essa primeira etapa, há poucos dias, conseguimos encontrar o atual proprietário da área, onde se encontra o cemitério histórico onde está sepultada uma parte da família Grolli. No próximo dia 02 de novembro, finados, estaremos realizando uma celebração religiosa a partir das 18h, no Cemitério do Imigrante, estão todos convidados a participar.
Cabe ressaltar, que se trata de um dos cemitérios mais antigos do município de Ernestina, pois pode ser considerado um Patrimônio Histórico, pois retrata a chegada dos primeiros colonizadores ao povoado no século 20, como ocorreu com a família de Bortolló Grolli [1865-1925], o qual se estabeleceu na localidade de Posse Barão. O cemitério fora construído à época na área de terra particular da família Grolli, pois a maioria das pessoas que identificamos nas lápides pertence à graça dos Grolli. Nas lápides ou nos fragmentos que ainda restam, encontram-se registros das primeiras famílias que vieram para a região. A maioria das pessoas enterradas no local nasceu no século 19.
Na ocasião, o professor e historiador Alexandre Aguirre, lembrou que: “Os cemitérios antigos são bens comparáveis a museus e a intenção não é restaurar, mas sim manter limpo e preservado. Se você restaura você tira o valor histórico. Por isso, a nossa intenção desde a descoberta deste cemitério foi apenas realizar a limpeza e a manutenção, com o objetivo de garantir a preservação daquele lugar que é do início do século 20 e tem mais de 100 anos e remonta o início da imigração na região,” explicou o historiador.